A esposa de Robinho, Vivian, e seus pais, Gilvan e Marina, ingressaram com uma ação judicial contra o jornalista Diego Garcia e o Portal UOL devido à publicação de uma matéria intitulada “Hoje preso, Robinho multiplicou patrimônio e pôs bens em nome de parentes”. Eles alegam que o conteúdo do texto é ofensivo e difamatório, além de induzir os leitores a acreditarem que o jogador teria a intenção de ocultar bens ou fraudar futuras cobranças.
A família afirma que as informações apresentadas no artigo prejudicam não apenas a imagem de Robinho, mas também de seus familiares mencionados no texto.
Na ação, Vivian, Gilvan e Marina destacam que a matéria transmite uma interpretação equivocada ao sugerir que Robinho estaria transferindo bens de forma mal-intencionada, com o objetivo de fugir de eventuais penalidades judiciais. Segundo eles, essa narrativa é completamente inverídica e gera danos morais graves, afetando a reputação da família perante a opinião pública.
Os familiares do atleta requerem, como medida principal, a exclusão imediata da matéria do Portal UOL, alegando que o texto promove especulações que desrespeitam os fatos e a verdade. Para eles, a forma como a notícia foi redigida induz os leitores a interpretarem que Robinho estaria intencionalmente tentando retirar bens de seu nome, o que classificam como uma grave distorção dos fatos.
Vale lembrar que, o jogador brasileiro Robinho, ex-estrela de clubes como Santos, Real Madrid e Milan, foi condenado em última instância pela justiça italiana a nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo. O caso ocorreu em 2013, em Milão, quando Robinho e um grupo de amigos abusaram sexualmente de uma jovem albanesa de 23 anos, que estava embriagada e sem condições de se defender. A sentença foi confirmada em janeiro de 2022 pela Corte de Cassação, o tribunal mais alto da Itália, após anos de apelações.
A condenação gerou grande repercussão no Brasil e no mundo, reacendendo debates sobre impunidade e violência contra a mulher. Apesar da decisão, Robinho permanece no Brasil, que não extradita seus cidadãos. No entanto, a Itália solicitou que a pena seja cumprida em território brasileiro, o que está sendo analisado pelas autoridades. O caso marca uma queda drástica na carreira e na imagem pública do jogador, destacando a gravidade do crime e a importância da responsabilização em casos de violência sexual.
O processo aguarda julgamento em primeira instância.
Autos 1137079-58.2024.8.26.0100.
Texto exclusivo da Gazeta Jus Contábil
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