O Governo Federal está desenvolvendo uma proposta de lei para ampliar o acesso ao crédito consignado a cerca de 42 milhões de trabalhadores com carteira assinada (CLT) no setor privado. A medida busca tornar o processo mais acessível, especialmente para empregados de pequenas e médias empresas, que frequentemente enfrentam barreiras burocráticas para contratar esse tipo de empréstimo.
A proposta prevê a criação de uma plataforma integrada, permitindo que bancos e instituições financeiras consultem diretamente o perfil de crédito dos trabalhadores por meio do eSocial—um sistema que centraliza dados trabalhistas, previdenciários e fiscais de empregadores e empregados.
Mais Facilidade para o Crédito Consignado
O crédito consignado é uma modalidade em que as parcelas do empréstimo são descontadas diretamente da folha de pagamento ou do benefício do tomador. Essa característica garante taxas de juros menores, tornando-o uma opção atraente, principalmente para servidores públicos e aposentados do INSS.
Embora os trabalhadores do setor privado já possam acessar esse tipo de crédito, a exigência de convênios entre empresas e bancos dificulta sua implementação, especialmente para pequenos negócios, como aqueles enquadrados no Simples Nacional, além de estabelecimentos de menor porte, como padarias e farmácias.
Com a mudança, espera-se um crescimento significativo no volume de crédito consignado no setor privado, saltando dos atuais R$ 40 bilhões para até R$ 130 bilhões. Para viabilizar essa ampliação, o governo pretende regulamentar a medida por meio de uma Medida Provisória (MP), que deve ser publicada ainda em fevereiro.
O eSocial, que será peça-chave nessa transformação, vem se consolidando como um sistema essencial para o Governo Federal, não apenas para o controle de tributos, mas também para questões trabalhistas e sociais, trazendo mais transparência e segurança para empregadores, trabalhadores e instituições financeiras.
Texto exclusivo de Gazeta Jus Contábil
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